- Vida Economica -
With a new espresso coffee machine Delta Q, Novadelta is competing with Nespresso for the leading market position.
A Delta está a apostar forte em mais um segmento do mercado dos cafés. A nova máquina Delta Q é a arma para destronar a líder Nespresso. No primeiro trimestre de 2008 a empresa do Grupo Nabeiro prevê vender cinco mil unidades e, até ao final do próximo ano, espera que esta parte do negócio represente 2% do total de facturação do grupo.
Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Cafés, quer chegar rapidamente à liderança do segmento Take Home e acredita que este objectivo será possível a curto prazo, apesar da forte implantação da marca Nespresso. “É um mercado que está a crescer e este é o momento exacto para entrar nele. Somos líderes e, como tal, respondemos a todas as necessidades do consumidor”, afirmou em entrevista à “Vida Económica”. Segundo o administrador da Delta, a marca já disponibilizava cápsulas para o mercado profissional através do Delta Office. Contudo, nunca deixou de procurar uma solução para o mercado do Take Home. “Chegámos agora ao Delta Q”.
Trata-se de um novo segmento de mercado para a Delta, mas, garantiu Rui Miguel Nabeiro, “todos os mercados nos interessam”. E acrescentou: “Podemos dizer que é um segmento apetecível porque está em crescimento e porque os actuais “players” são fortes, e por isso mesmo vai ser para nós particularmente interessante chegar à liderança”, garantiu.
Mas, apesar de se tratar de um segmento interessante, o administrador da Delta desconhece o seu valor de mercado. “Não existem dados que nos permitam responder a esta pergunta, pois os números da concorrência não são públicos... e não há um histórico que o possa afirmar... mas podemos calcular que em termos de máquinas valha cerca de 150 milhões de euros/ano...”.
Mesmo assim, os objectivos da Delta são cautelosos. A marca estima vender cinco mil máquinas até ao final do primeiro trimestre de 2008. No caso do modelo topo de gama, Rui Nabeiro é peremptório: “A Bugatti é uma máquina de autor, criada tendo por base um estilo contemporâneo revivalista, trazendo os cromados e as formas mais tradicionais da máquina de café”, explicou Rui Miguel Nabeiro. Segundo ele, esta peça de design tem por isso um valor acrescentado que a torna reservada. “Não contamos que seja um produto de venda em massa, mas vai ser o nosso topo de gama durante algum tempo”. A Delta não tem também um objectivo traçado para esta máquina num curto espaço de tempo. “A um ano, talvez gostasse de ter vendido mais de quinhentas unidades, era sinónimo de que mil lares portugueses contavam com o requinte desta peça de arte”, afirmou.
A escolha da proximidade ao Natal para este lançamento também não foi casual, assim como a selecção das lojas El Corte Inglés para receberem os primeiros exemplares da Delta Q. “Preferimos para já abordar o Natal com alguma calma e tranquilidade e escolhemos o El Corte Inglês pela excelente relação que mantemos com o grupo espanhol”, salientou Rui Miguel Nabeiro.
Como público-alvo, a Delta endereça um consumidor moderno, urbano, sem barreiras de idade, no fundo, “qualquer pessoa que tenha prazer pela vida é um possível consumidor Delta Q”, reforçou o administrador.
No que se refere ao peso que o novo segmento terá no negócio global da Delta, Rui Nabeiro assegurou que este “será sempre residual”, uma vez que o negócio da Delta está no canal Horeca e esse continua a crescer. No entanto, acrescentou, “se chegássemos aos 2%, dar-nos-íamos por satisfeitos”.
Para a divulgação das novas máquinas, a Delta levou a cabo uma pequena campanha muito localizada, com Internet, Mupis e Imprensa, apenas para comunicar a entrada do produto no mercado. No próximo ano, garantiu o administrador, “teremos novidades em termos de comunicação”. Contudo, a marca não divulga quaisquer valores de investimento.
A máquina M55 tem um PVP recomendado de 149,9 J e a Bugatti terá um PVP entre os E 499,90 e E 489,90, versão cromada e vermelha respectivamente.